segunda-feira, 21 de março de 2011

OUTONO


E eis que ele chegou e nem precisou de marcação em calendário, de algum evento indigesto, tipo mudança do eixo da terra, tsunamis, terremotos e coisa e tal. Veio assim: manso, leve, discreto, sem alardes...


Reparo que, devagar o sol já não passa toda a tarde dentro do quarto e, só mesmo uma nesga teima em ficar na área de entrada por ... um tempinho e pronto. Se a manhã começa com neblina, a tarde se enfeita de ouro velho feita de luz que se debruça nas montanhas. Sinais do tempo.


A bola da vez tem nome: lua. E ela vem cheia, poderosamente vagueia pelo céu, arrebata corações e os sentidos até dos mais incrédulos. Na rede, o pedido enfático “Olhem para o céu”. Bom sinal. Sinal de que a contemporaneidade, regida pelo efêmero, terá seu tempo de contemplação e meditação.


E como nos diz o cronista atento “quem fecha os olhos às nuances do outono nem imagina o que perde”.


Repare!

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