Hoje cedo, enquanto eu e mais dois amigos fazíamos nossa
caminhada dominical pelas ruas da cidade, eis que nos deparamos com uma cena
lastimável: o corte de uma árvore enorme, uma Ficus Elástica, que fazia parte do morro da forca. Eu me mudei para
Ouro Preto em 1973 e ela já estava lá. Fiquei pensando: meu Deus, o que
aconteceu aqui? As autoridades ligadas ao meio ambiente jamais permitiriam um
corte qualquer, por um motivo banal. Continuei pensando: vai que aconteceu alguma
coisa mais séria que nem fiquei sabendo...
Lembrei-me de um acontecimento parecido com este, em BH,
quando lá morava: em frente ao apartamento tinha um ipê rosa, enorme. Quando
florescia mudava a tonalidade da rua. Deixava o asfalto todo róseo com as
flores ali caídas. Eu a fotografei inúmeras vezes e sempre chegava perto dela e a abraçava, agradecida por tamanha beleza oferecida. De repente, as folhas
secaram. Descobriu-se uma doença no tronco que tombou a árvore. A presença
dos bombeiros com uma motosserra cortando os galhos e, depois o tronco me deixou
fora do prumo. Da noite pro dia ela deixou de existir. E um vazio enorme tomou
conta daquele espaço e outro foi instalado, junto com aquele som, dentro de mim
por um longo tempo.
Hoje, senti a mesma coisa. A velha árvore não está mais lá.
No lugar, pedaços da árvore de todos os tamanhos e formas jogados ao longo do
passeio, num total descuido e desrespeito a quem trouxe vida e beleza à cidade
e segurou muitos metros cúbicos de terra em tempos de águas torrenciais. E em
tempos de cuidados com o planeta agonizante, e em tempos de sustentabilidade
cantada em versos e muita prosa, que educação é essa que, sequer, recolhe os
restos mortais de um ser que foi vivo, em sinal de zelo e respeito? E nós que desejamos
a todo instante a presença de seres pensantes e sensíveis e cuidadosos...
Confesso que estou chocada até agora.
Fui buscar mais informações a respeito pra entender o
acontecido. Descobri no site do jornal Voz Ativa.com http://jornalvozativa.com/noticias/?p=13125,
entre outras coisas, que essa notícia já é velha porque o acontecido se deu no dia
15 de abril e hoje é dia 29 de abril.
Bom, espero que tomem alguma atitude a respeito, tipo limpar
a área, pensar no reaproveitamento daquela madeira, plantar outras árvores no
lugar em parceria com alguma escola, visando um trabalho educativo e de
sensibilização deste ser sensível e atento à sua casa que tanto desejamos, pra
começo de conversa...
Somos parte deste mesmo lugar. Cuidemos desta casa, da nossa
casa, planeta Terra.
Olha eu tenho uma árvore predileta em Betim, sempre que passava em frente ficava vislumbrado com tanta força e vigor, hoje depois de crescido ainda passo em frente a mesma, mas já observo que não cuidam mais daquele lugar, fiquei sabendo que venderam aqueles lotes e o dono não cuida, espero que ela não ganhe o mesmo fim que esta árvore ai ganhou. Abraços!
ResponderExcluirO pior Dalton é que histórias como essas, estão o tempo todo se repetindo. Parece que a vida entrou num piloto automático e, situações como essas, passam desapercebidas. É preciso dar a nossa contribuição.
ResponderExcluir